segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Pessoal, o assunto de hoje é a paixão. Mais especificamente a paixão que algumas pessoas têm por serem chatas. Sério.

Hoje estava trabalhando, como todos os dias, quando vêm um desses malucos apressados, que fica esperando um motivo pra dar ataque. Começou implicando com meus colegas. Seguiu pra minha frente, dizendo que estava cansado deste mal atendimento, e que ia processar. No PROCON tudo se resolve. Pergunta se eu discuti com o doido?? Nenhuma maldita palavrinha. Acredito que por isso mesmo ele continuou seu monólogo de como a gente vive num país miserável, onde as coisas só se resolvem na justiça e blábláblá. Eu ainda lá, muda, esperando o doido dizer o que queria. Quando ele falou que queria pagar uma conta, pedi logo os documentos, como sempre. Jura que o cara tava com os documentos todos errados?!?! Claro, porque desgraça pouca é bobagem...

Depois de insistir que não estava errado, começou a dar ataque, que ia falar com o gerente e processar todo mundo, inclusive eu. Ok, honey, go ahead... Claro que o gerente não deu pelota e volta o doido pra minha frente, resmungando, que eu tinha que ir pra igreja orar, pra luz me iluminar, porque isso era o demônio. Por quê eu tava criando problemas com ele?!

Pára o mundo que eu quero descer... Sério. Não tenho mais paciência pra esse povo fanático. Nem pros religiosos, nem pros políticos. Tanto esses doidos que seriam capazes de matar pela sua sagrada fé, quanto esses doidos que estão lotando nossas caixas de e-mail com mensagens do tipo "vote em fulano" ou "não vote em cicrano". São justamente aqueles que juram sob a bandeira que são a favor da liberdade de expressão e da democracia. São justamente essas pessoas sectárias que nos impõe, diariamente, suas opiniões e dogmas, que vêm nos acusar de descrença e ingenuidade. Afinal, quem não concorda com eles só pode estar errado, não quer ver a verdade diante do seu nariz...

Oras, isso não é fé, muito menos exercício de cidadania. Isso é chatice. Pura. Eu fico no meu cantinho pensando que, às vezes, nessas vezes, é melhor ser surdo que ouvir essas bobagens. E isso é coisa, tipicamente de gente apaixonada. Apaixonada pela encheção de saco!!

Always on my mind

Gente, tô eu aqui vendo um filminho bem light, daqueles pra fechar o domingão, quando ouvi uma frase totalmente perfeitinha: "eu penso em você até quando você está comigo". Bem, não pude deixar de ficar aqui pensando... É exatamente isso!!

Fico pensando em que parte do script o relacionamento esfria. Porque tem uma hora que a gente acorda do lado de um estranho. Aparentemente do nada, você se pega perguntando quem é esse [preencher com um adjetivo pejorativo] que está do seu lado.

Por outro lado, têm aquelas histórias que, quando interrompidas, se transformam num martírio. Quem não passou por isso, ou viu uma baita amiga arrastando correntes por alguém, mil anos depois de sepultado o relacionamento?!

Dizem por aí que amor e ódio caminham juntos. Eu digo que amor e medo caminham lado-a-lado. Não estou falando daquele medinho de errar e perder, do que fazer depois que acabar. Mas daquele medo quixotesco do que fazer quando der certo. Afinal, por mais que a gente queira muito, fazer dar certo é algo que assusta pacas. Assusta a perspectiva de passar a vida ao lado de alguém incrível e o quanto essa pessoa real, com defeitos e tudo o mais, transforma cada dia seu em vários sorrisos totalmente indispensáveis. Assusta saber que ela vai estar ali quando ela não estiver mais ali. Assusta mais saber que ela vai estar ali também quando estiver ali. Como já (bem) disse Elvis, you're always on my mind...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Divulgando...

Pessoal, sei que esse não é um espaço de anúncios. Mas, como me mandaram essa promoção, e pareceu legal, tô divulgando.

Entrem no http://paquidermesculturais.blogspot.com/ e cadastrem-se. Estarão concorrendo ao sorteio destes livros:


Então, o recado está dado. Boa sorte aos que resolverem participar!!


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Parece ser de Veríssimo...

Há muitos anos atrás uma donzela caminhava pela beira de um rio quando apareceu um sapo. O sapo contou para ela que era um príncipe que tinha sido enfeitiçado por uma bruxa e que se a donzela o beijasse o feitiço passar. A donzela acreditou, beijou-o e ele se transformou de novo em um príncipe. Casaram-se e viveram felizes para sempre.
Alguns séculos depois, outra donzela caminhava pela beira de um rio quando apareceu um sapo.. A história você já conhece com um detalhe, na hora do beijo, ela disse: de língua não! E viveram felizes para sempre.
Alguns outros séculos depois, após a revolução industrial, uma donzela desempregada passeava pela beira de um rio e ouviu a mesma história de um sapo. Ela o beijou e ele se transformou em um príncipe muito feio, talvez pela poluição do rio. A donzela protestou mas para quem já beijou sapo... casaram-se e tiveram uma vida difícil para sempre, inclusive o príncipe havia perdido tudo com o fim do feudalismo.
Décadas atrás, a mesma história, tudo igual, apenas com um momento de hesitação até que fosse esclarecido o seguinte ponto: precisa ser donzela? Não precisava. Casaram-se e viveram etc etc
Nos anos sessenta a mesma história, sendo que a moça era feminista. Após ouvir a triste história do sapo ela concluiu: alguma você andou aprontando.. . e chutou o sapo para longe.
Há alguns meses atrás, uma jovem empresária passeava pela beira do rio artificial do seu condomínio fechado quando ouviu um psiu de um sapo, e a mesma conversa.
Pensou ela: um príncipe hoje em dia não vale tanto mas um sapo falante, como posso faturar alto. Ela pos o sapo em uma gaiola, fez muito dinheiro e viveu e viverá feliz para sempre.
Anteontem, uma jovem ouviu a mesma conversa de um sapo mas não decidiu nada na hora. Procurou seu consultor financeiro, que lembrou a ela que hoje em dia nada mais valioso do que informação privilegiada como a que o sapo lhe passara e aconselhou:
esqueça este sapo e procure essa bruxa! Com seus poderes mágicos a bruxa poderia transformar moeda fraca em forte, nominativas em preferenciais, etc etc Era a solução para a crise!



Nem preciso dizer o quanto adorei, né?!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Realmente, a Alice está certa... 'o rio leva, o rio traz...'

Semana passada recebi um e-mail, no mínimo, curioso. De um cara por quem fui beeeem apaixonadinha. Uma história bem divertida, daquelas que a gente fica lembrando enquanto tá no trânsito. Ele era bem mais velho que eu, e eu achava essas diferenças bem legais. Mas, como éramos diferentes em quase tudo, a história durou menos que eu gostaria, ele virou nuvem, e perdemos o contato. Entendam que isso não foi acidental. Até semana passada.

Absolutamente do nada, me mandou email com notícias da minha terra. Notícias chatinhas, que pareciam sarcasmo, à primeira vista. Respondi, que lamentava, e que ia me inteirar do assunto. Ele respondeu. Eu respondi. Ele respondeu. Achei melhor parar com a brincadeira. Hoje mandou outro. Um tanto menos impessoal. Algo daquelas correntes "você é o melhor amigo da galáxia", mas super fofo. Buni mesmo. Bem a carinha dele.

Depois de juntar meu queixo do chão, e quase fundir meus neurônios em busca de respostas, suspirei, respirei beem fundo, e voltei a me concentrar no trabalho, que no final das contas era o que tava merecendo minha atençãoa naquele momento.

Chegando em casa, conversando com Alice e relembrando, meu ego tava feliz com tudo isso. Feliz por ser lembrada. Feliz por ser a melhor amiga da galáxia (mesmo sabendo que isso não é verdade). Feliz por não doer mais. Feliz por estar feliz.


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Férias - Parte I

Férias na terrinha. Pizza. Claro, não podia faltar. Chego na pizzaria, escolhemos a mesa, bebida e talz. Dou uma olhada ao redor, poucas mesas ocupadas. Até encontrar um rosto (ou melhor, costas) conhecido: o Uca!!
Pra quem não é da época, o Uca é um dos últimos membros do Clubinho. Há muito tempo atrás, quase noutra vida, saíamos com uma turma, chamada de 'galera do oo-hoo'. Explico: SEMPRE que tinha um show de rock, estávamos na frente do palco, balançando a cabeça e gritando OOHOO. Tá, muita gente vai achar absurdo, mas início de faculdade é isso mesmo. E, como bons bichos-grilo que éramos, tínhamos a turminha antagônica (mas não rival) que chamávamos maldosamente de 'Clubinho do Metal'. Eram uns guris massa, mas metidos, que agiam como se fossem um clã, ou algo assim. Nós, meninas, andávamos com ambos os grupos. Era como a turma da faculdade e a turma do bairro.
Eis que o Uca era um guri lindo, mas liiiiindo, que começou a andar com o Clubinho. Mas era muito pirralho (a gente estava nos 19 e ele nos 15). Como era gente boa, e lindo, ninguém se opôs a ele. Todas nós (meninas, ok?!) babamos nele. Sem exceção. Ele tocava guitarra no Clubinho e, embora fosse meio cria ainda, acompanhava numa boa nossos programas. Ah, esqueci um detalhe importante: era cabeludo. Mesmo que todas nós tivéssemos namorado na época, ele era o comentário das nossas rodinhas (mode VACA on). Até driblávamos o Clubinho, dizendo que o Uca era bobeira nossa, pra não rolar stress. A gente bem sabia que isso nunca passaria de conversa fiada.
Hoje encontro o guri na pizzaria. Comecei a fazer contas. Sim. Já é maior-de-idade-e-dono-do-seu-nariz. E continua lindo. Não é mais cabeludo. Mas continua lindo... Vários flashes passaram entre uma pizza e outra. Lembranças quase de outra vida. Vontade de ligar pras gurias. Ainda bem que amanhã tem bota-fora...
P.S.: No bota-fora comentei com a Madre sobre o fato. Ela mantém contato com ele até hoje. Ela foi a única que permaneceu com o namorado da época. Isso é motivo pra um próximo post.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Então, gente, mil desculpas pela ausência. Viajei pra voltar em 2 dias e acabei ficando 3 semanas fora. Por esse erro de planejamento, acabei deixando meu querido PC em casa. Mas, claro, não esqueci o bloguinho (que anda tão paradinho) e até ensaiei uns posts, que devo publicar logo.
As tão esperadas férias chegaram. Além desse erro de planejamento, que me custou alguns tostões extras (meninas, pensem em fazer uma viagem pra voltar no dia seguinte e não levar mais que uma muda de roupa, e acabar passando 3 semanas?? Yes, let's shop!!) tive algumas surpresas desagradáveis. Primeiro, uma pequena obra na casa velha. Tá, eu sei, toda a casa precisa de pequenas obras de conservação, mas nas minhas férias foi pra acabar. Mesmo. Chegar em casa e passar os primeiros dois dias pendurada no telefone implorando pra alguém vir resolver o problema foi trash. E, claro, no velho oeste uma muda de roupa não serve nem pra meio dia. Afinal, como sempre, eu levei o frio (e espero não ter trazido de volta). Depois, na segunda semana, destruíram minha porta. Roguei algumas pragas pros moleques que fizeram isso. Cara, arrebentar uma porta no inverno é muita sacanagem. Entrou vento a noite inteira naquela casa, que já não se pode chamar de quente. Eu, como boa enrolada que sou, chamei meu faz-tudo favorito pra consertar a porta e resolver meu problema de frio. Aí as férias começaram a ficar interessantes...
O faz-tudo, pra quem lembrar, é o cara que consertava sempre a fechadura desta porta. Já era um problema antes do arrombamento, e era sempre ele quem consertava pra mim. No domingo, enquanto jogávamos sinuca, ele soltou a piada que ainda consertava fechaduras, se precisasse. Na segunda destruíram a porta. Claro que liguei né?! "Oi, você só conserta fechaduras, ou também conserta portas??"
Depois disso ainda consegui rever as gurias da faculdade (baita cervejinha aquela), o pessoal da bodega (thanks Fano)... Só falta achar o cabo da digital pra baixar as fotos...
Agora, arrumar a casa nova pra receber minha próxima visita, e voltar a trabalhar...