sexta-feira, 6 de abril de 2012

Sobrevivi à primeira comemoração. Ilesa. Mais um mês de trégua antes do próximo trabalho de Hércules.

Nesse períodos, ele conheceu minha família. Mais uma coisa que eu não sabia como ia terminar. Eu conheci parte da família dele. Pra quem me conhece minimamente, não precisa nem colocar legenda, foi muito assustador. Depois de anos acostumada a não ter esse tipo de relacionamento, não lembrava nem mais como isso funcionava. Mas foi tranquilo.

Junto com o "conhecer minha família" veio uma viagem de carnaval... Caos, terror e pânico!!! Como assim, viajar com todo mundo e passar 4 dias juntos?? Eu não lido muito bem com isso não...

Lá fomos pra Bahia, fugir do carnaval. Parece contraditório?!? Mas não foi. Quatro dias tranquilos numa pousada fofa, sem ficar restrito à praia. E a família dele super tranquila.

Pra fechar a segunda etapa, veio a comemoração formal: outro restaurante que ele adora. Contemporâneo. Uma delícia. Momentos pra curtir a gente, e o que a gente tava fazendo juntos. Ali surgiu o plano de conhecer a parte da família que ainda faltava: a mãe, que estava morando na França. Caos, terror e pânico 2.

sexta-feira, 2 de março de 2012

O primeiro mês foi engraçado. Eu tentando controlar meu lado "miss simpatia" e ele tentando não se importar com meu lado "miss simpatia". Algumas vezes tive uma vontade quase irresistível de deixá-lo desacordado no chão da cozinha e ir pro cinema. Algumas vezes ele tinha vontade de fazer o mundo desaparecer e sobrar só a gente.

Como não seria de se esperar, ele se mudou pra minha casa. Assim. Saía do trabalho, me encontrava pra tomar um chopp, e ia pra lá. Nos finais de semana se ausentava uma tarde pra buscar algumas roupas em casa. Eu fui adaptando minha realidade de anos pra atual realidade: eu estava morando com alguém, não morava mais sozinha. As noites viradas no msn, ou montando puzzle, ou assistindo dvd, tudo isso era passado. Comer sanduíches quando chegava do trabalho também. Isso tudo era tão diferente...

Mesmo assim, com todas as mudanças, a convivência era fácil. Ele é tranquilo, não enche o ambiente. Mesmo com algumas reclamações, as coisas foram acontecendo sozinhas. E quando fechamos o primeiro mês, saindo juntos, ele me levou pra jantar num japonês que ele adora. Primeiro surto.

As mulheres vão entender. Sair com alguém nos lugares conhecidos é tranquilo. Ir a um lugar que você não conhece, nem faz idéia do que vai encontrar, pode virar um drama. Mas fui. Ele parecia empolgado em me ver entrar no mundinho cool ao qual ele pertence. Enquanto eu sou toda desligada e desapegada, ele é todo mauricinho e requintado. Duvidei muito que isso pudesse dar certo...

Antes desse dia eu já tinha ouvido que ele não queria mais ficar, que queria namorar sério e com exclusividade. Por mais antiquado que isso pareça, eu ouvi. Mesmo assim, parece que foi nesse dia que fez sentido: não era mais um casinho.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Há dias venho pensando em novos posts. Mas, além da correria usual, a falta de romances tem sido um dificultador. Ei, gente, ninguém mais se apaixona não?!?
E nem estou falando no "felizes para sempre", mas sim em paixão. Romance. Aquelas coisas que acontecem com a gente e que nos põe a suspirar pelas calçadas. Pois é, se alguém sabe por onde o Cupido anda tirando férias, favor chamá-lo de volta!!
Por falta de coisa melhor pra contar (entendam, não porque simplesmente não tenho nenhuma nova história, mas porque depois do anúncio do casamento todos estão me perguntando: "como isso aconteceu??"), achei por bem contar como isso aconteceu. Aos poucos. Pra todos poderem ir acompanhando nossa história. Começaremos pelo óbvio: onde nos conhecemos.
Num daqueles chopps depois do trabalho, onde todo mundo vai exorcisar o cansaço, encontrei um casal de amigos. Trabalhamos na mesma empresa, mas em lugares diferentes. Eu, com o pessoal do meu trabalho, eles com um amigo. Fui dar um 'oi' e meu olho grudou numa sacola de livros que estava sobre a mesa do bar. 'Uau, que é isso??' Eram os livros que ele tinha levado pra emprestar pra minha amiga. Claro que dei uma olhada e achei mil coisas que eu gosto ali. Disse que estava na fila de empréstimo, logo depois dela, e voltei pra outra mesa. Muito papo sobre o trabalho, quando a amiga me chama, aos gritos, porque ninguém lembrava uma parte de Faroeste Caboblo e sou viciada em Legião Urbana. Como assim, Bial?!? Ou eu sou muito paranóica ou isso é uma desculpa pra chamar alguém (acho que até os cães de calçada já decoraram essa música). E era. Todo mundo cantando, naquele ritmo de boteco, e eu pensando 'o que raios to fazendo aqui?!?'.
Uma hora a música acabou, e o papo voltou pros livros. E os meninos (cachaceiros por definição) começaram a degustar suas escolhas, e nós meninas começamos a fofocar compulsivamente sobre os livros da sacolinha, e o tempo passou rápido. Na primeira ausência do guri, perguntei quem tinha me chamado pra mesa. A confirmação do óbvio. Amigos casados sempre tendem a querer juntar os amigos solteiros. Na hora de ir embora, a gente acabou ficando, mas sequer trocamos telefones. A gente só sabia onde trabalhava, e ficou meio que no "a gente se vê".
E veio a festa de final de ano da empresa. Fui com esse casal de amigos. Ele chegou um tanto depois, deu oi, mas eu tava muito afim de curtir a festa, e não de beijar na boca. E foi o que aconteceu. No final de tudo, bem no final de tudo, nos encontramos no open bar e ficamos conversando um tempo. Ali ficamos de novo. Eu, sinceramente, não esperava. Ele, pelo que me disse depois, também não. E ali começou a história que todo mundo quer saber. Dia 22 de dezembro de 2010.