sexta-feira, 2 de março de 2012

O primeiro mês foi engraçado. Eu tentando controlar meu lado "miss simpatia" e ele tentando não se importar com meu lado "miss simpatia". Algumas vezes tive uma vontade quase irresistível de deixá-lo desacordado no chão da cozinha e ir pro cinema. Algumas vezes ele tinha vontade de fazer o mundo desaparecer e sobrar só a gente.

Como não seria de se esperar, ele se mudou pra minha casa. Assim. Saía do trabalho, me encontrava pra tomar um chopp, e ia pra lá. Nos finais de semana se ausentava uma tarde pra buscar algumas roupas em casa. Eu fui adaptando minha realidade de anos pra atual realidade: eu estava morando com alguém, não morava mais sozinha. As noites viradas no msn, ou montando puzzle, ou assistindo dvd, tudo isso era passado. Comer sanduíches quando chegava do trabalho também. Isso tudo era tão diferente...

Mesmo assim, com todas as mudanças, a convivência era fácil. Ele é tranquilo, não enche o ambiente. Mesmo com algumas reclamações, as coisas foram acontecendo sozinhas. E quando fechamos o primeiro mês, saindo juntos, ele me levou pra jantar num japonês que ele adora. Primeiro surto.

As mulheres vão entender. Sair com alguém nos lugares conhecidos é tranquilo. Ir a um lugar que você não conhece, nem faz idéia do que vai encontrar, pode virar um drama. Mas fui. Ele parecia empolgado em me ver entrar no mundinho cool ao qual ele pertence. Enquanto eu sou toda desligada e desapegada, ele é todo mauricinho e requintado. Duvidei muito que isso pudesse dar certo...

Antes desse dia eu já tinha ouvido que ele não queria mais ficar, que queria namorar sério e com exclusividade. Por mais antiquado que isso pareça, eu ouvi. Mesmo assim, parece que foi nesse dia que fez sentido: não era mais um casinho.