sábado, 5 de junho de 2010





E quem umd dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão??



Além de estar num dia cor-de-rosa hoje, estou ensaiando uma história perfeitinha há dias. Pura enrolação pra começar a contar, então acho que tá na hora... Minha amiga Alice (a estranha) viveu uma história perfeitinha. Aliás, vive ainda. Mas ela só entra depois.



É exagero começar com once upon a time?! Não. Era uma vez um carinha cuja alcunha era Corvo. Ele tinha uma teoria interessante onde ele JURAVA que conseguiria acumular toda a sua energia num ponto (ponto de aglutinação) e mudar de forma, virar um corvo e sair voando mundo afora. Não cabe aqui me perguntar onde garimpo esses amigos estranhos. Esse cara, que conheci em 99, era o cara perfeito. Inteligente, querido, simplório e, acima de tudo, estranho. Cada vez que eu o encontrava era uma história mais Irmãos Grimm que a outra. Até amendoins mágicos eu já ganhei dele. Dois. Ele era divertidíssimo, embora apresente até hoje uma tendência à depressão e à rabugice. Apaixonado por música (guitarrista&baixista&baterista), filosofia, teatro, artesanato, literatura e vinhos. Na época, tinha terminado o segundo grau, morava com a mãe e fazia muita festa. Chegamos a ter alguma coisa juntos. Também não cabe aqui nominar a história. O que importa é que o tempo foi passando, e passadas algumas brigas, acabamos nos distanciando. Passei tempo sem notícias.



Em 2005, conheci Alice. Num bar, se não me engano. Amigos em comum. Conversamos, muitas afinidades, e logo ficamos amigas. Claro, tinha uma afinidade que não previmos: ela também tinha alguma coisa não nominável com o Corvo. Na verdade, era perdidamente apaixonada por ele. E, até me conhecer, me odiava (ela jura de pés juntos que não, mas é verdade). Claro que a primeira atitude da moça foi conversar e ver minha posição perante o Corvo. Como eu não requisitava nada ali, a amizade persiste até hoje. A história deles ainda seguiu bastante.



Não conheço os detalhes, na verdade. Ela sempre fez questão de manter a discrição, diferentemente da maioria das mulheres que eu conheço. Sei que são perfeitos um pro outro. Não tem nada a ver, mas são muito parecidos. Sabe aquele casal que, mesmo quando termina, um continua lembrando o outro?? Assim. E, claro, o rompimento teve um quê todo especial, com direito a presente de despedida e tudo o mais. Pura enrolação. É meio Shrek e Fiona. Peter Pan e Capitão Gancho. Estão sempre em guerra, uma guerra que não acaba. Uma guerra pra passar o tempo. Pra manter o vínculo. E quando se encontram em algum lugar, aff... É a preview de uma guerra mitológica dessas. Ela provoca, espeta, e ele surta. Se fecha num fortaleza intransponível e ponto. Mas, seria capaz de apostar que: se colocar os dois no mesmo lugar, sem avisá-los disso, eles se pressentem. Por mais incrível que pareça, sim.



Ela mesma sempre insiste que ninguém sente sozinho. E eu acabei acreditando nisso. São as duas faces de uma mesma moeda. Impossível ficarem juntos, ou separados. Uma polaridade estranha, indefinível. Uma história que corre desde 2005, e não tem previsão de terminar. Uma coisa pra vida toda.

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