segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Histórias sem fim

Eis a história de uma super amiga. Menina super poderosa.
Conheceu o carinha no trabalho. Numa viagem do trabalho. Conversa vai, conversa vem, o povo começa a olhar pro lado pra dar privacidade ao novo casal que se forma e... bingo!! Passam o findi juntos!! Voltam da viagem, ele continua ligando, eles continuam saíndo... Até a chegada do primeiro surto...
Ele, cara mais velho, duas vezes separado, legal, inteligente, divertido e bem resolvido. Ela, uma vez separada, legal, inteligente, divertida e linda. Casal perfeito. Ou quase. Depois de um tempinho saido juntos, ele chama ela pra conversa e explica que, pensando bem, achou melhor voltar com a ex, pois eles ainda tem muitos laços e blábláblá.
Tudo bem, a vida segue, ele casa (novamente) com a ex, com direito a festa-e-bolo-e-brigadeiro. Um mês depois, nova separação. Formal. Dividem os bens, ele retorna pro lado dos solteiros, cura a ferida e volta a ser um cara duas vezes separado, legal, inteligente, divertido e bem resolvido. E volta a ficar com a minha amiga. Outro tempinho depois, novo surto.
Agora ele não está preparado pra se envolver com alguém. Não tem nada a oferecer. Tá resolvendo o final da vida, pensando profissionalmente no que abriu mão em virtude dos casamentos (?!?) e recebeu uma proposta boa da empresa. Mas vai se mudar, e não acha certo deixar que ela se envolva novamente sabendo que vai embora e blábláblá. Tá. Combinado então que ele adora ela, quer muito que ela saiba o quanto é especial, mas cada um tem que pensar no que é melhor pra si. E ele muda de cidade. 600 km de distância.
Mais um tempinho depois, eles se encontram noutra balada. A 600km de distância. Conversa vai, conversa vem, e ... bingo!! De novo... Volta tudo como era antes, continuam saindo juntos, muitas ligações e talz. Até ele saber que ela também havia recebido uma boa proposta da empresa. Pra mesma cidade. Terceiro surto.
Gente, numa boa... Se isso não é pra enlouquecer, não sei dizer o que é. Afinal, ninguém é obrigado a ficar junto, mas fazer propaganda enganosa também não é legal. Muitas vezes (eu diria que na maioria delas), a gente também não quer ficar junto. Oficialmente. A história pode ser bacana, a pessoa pode ser irresistível, mas não significa que a gente queira casar. Porém, um pouquinho de coerência é indispensável.
Eu conheço os dois. Há anos. Ao contrário do que parece na minha narrativa, ele adora ela. Mesmo. E combinam um monte. Seria ainda melhor se ele pudesse deixar a molecagem de lado, colocar um homem no corpo e se permitir viver isso de leve. Até as pedras da calçada sabem que, vivendo novamente na mesma cidade, e trabalhando na mesma empresa, não demora muito até que ele volte a ciscar ao redor dela. Então, não dá pra pular a fase da briga e partir pro que interessa?!
Falava isso com ela hoje. No quanto a gente tende a assumir a culpa pelo que ouviu, quando isso não passa de falta de coragem de alguns meninos. Imperdoável?! É, sim. Mas não é só isso. É um disperdício bem grande. Pros dois. Acho que o medo se faz indispensável em vários momentos, mas não quando estamos afim de alguém. E nem tô falando de paixões avassaladoras. Tô falando daquele medinho que dá quando nos sentimos cativados. Quando tudo parece bom demais pra ser. Quando, desacostumados, desconfiamos que não merecemos. E quando sentimos que, mesmo passando adiante um papinho como esses dele, não vamos terminar uma história. Simplesmente porque ela ainda não acabou...

Um comentário:

Bridget Jones disse...

Ai Iza, vc tem toda razão.

Pular a fase das brigas, já que viverem essa coisa legal q eles tem é inevitável seria uma boa resolução de fim de ano pro mocinho, né?

Vamutorcê pra ele entender isso? Vamos!