terça-feira, 29 de setembro de 2009

"O amor primeiro tira o fôlego. Depois tira o juízo."

Lí essa frase ontem, num outdoor. Fiquei pensando nisso.

Não tenho certeza do que a propaganda anunciava. Podia ser material escolar, ou um novo modelo de tênis infantil. Mas fazia alusão a Fernando Pessoa (lembrete pra mim: procurar essa frase e confirmar autoria). Seja o que for, fez o maior sentido do mundo...

Estava sentadinha, ao lado do guri, divagando enquanto o trânsito insistia em me atrasar. Calor, cansaço e preguiça. Aí me deparei com essa. Opa!! Pára aí!!

De duas uma: OU não tenho juízo, OU não estou apaixonada. Deixa eu ver... Estou procurando uma atitude ajuizada que eu tenha tido. Eba, achei!! Então, tenho juízo. Ou seja, não estou apaixonada. Ufa!!

Seria bom poder dizer 'mistério solucionado, fim de caso!!'. Mas não é simples assim. A história esfriou um tantão assim, embora ainda esteja legal, e tô na fase de decidir o próximo passo. Ele continua divertido, querido, mas um pouquinho longe do que eu esperava. E nem me venham com o discurso de que isso é normal. Eu não sou normal. Ele também não é normal (se fosse eu nem teria olhado pra ele, certo?!). A história não tem que ser normal. Ao menos é o que eu espero.

Mas deixando minhas teorias de lado, fico pensando na relevância de uma história que não me tira o fôlego, nem o juízo. Uma história onde tudo acontece tranquilamente, onde nada gera desgaste, nem apresenta algum ponto de conflito. Somos diferentes pra tudo. Pensem tudo. Temos aspirações diferentes, religiões diferentes, gostamos de músicas diferentes, projetos de vida diferentes, estilos diferentes... Divergimos em quase tudo. Embora a gente respeite muito o espaço e as escolhas um do outro, não deveria chegar a hora em que isso tudo se mistura e a gente acaba desapegando desses conceitos?!

Com a gente, não!! Ele continua apegado às escolhas dele, eu às minhas, e ponto. Não existem misturas, ou desapego. Existem concessões. E não me lembro de estar negociando coisa alguma. Isso me deixa confusa. Além de uma situação particularmente contraditória que me incomoda: ele estar vivendo uma relação informal enquanto se muda pra minha casa. Tem pitis por ciúmes bobos enquanto jura de pés juntos que ele não sente isso. Faz questão de marcar território e não desgrudar de mim, pra depois dizer que não temos que dar satisfações. Fora algumas atitudes absolutamente desnecessárias que ele adota apenas pra marcar posição.

Alguns podem dizer que eles demoram mais pra amadurecer. Outros, que eles criam traumas do que viveram. Agora, sinceramente?! EU TAMBÉM!! E mesmo assim não caio de pára quedas na vida alheia pra depois ficar em cima do muro. E sim, hoje estou mais impaciente que o normal. Sem fôlego. Sem juízo.

domingo, 13 de setembro de 2009

Mais uma semana no país das maravilhas... Saímos, rimos, o ritmo começa a entrar no que é 'normal', ou seja, dá aquela esfriadinha. Isso não é uma reclamação. Mesmo. Embora eu tenha aquela tendência inegável a procurar defeitos, não desta vez... Cada vezinha que começo a pensar que tudo está muito bom pra ser, lembro da minha amiga truculenta me xingando e tudo passa quase como mágika (valeu, Lili!!).
Além disso, vale lembrar que os outros aspectos da minha vida também estão funcionando. Meu curso indo mais rápido que eu esperava, o trabalho naquele ritmo que não chega a cansar, nem a desistimular; a casa ainda sob assistência da mamy. Enfim...
Aí, chega o final do dia, saio cansadinha pra pegar aquele metrô cheinho de gente, aparece o bonito correndo, 'só pra roubar um beijo' antes que eu fosse pra casa... Ou ainda, liga só pra desejar boa noite e mandar um beijo, já que não estou lá´mas ainda tem meu cheirinho no travesseiro... Dilíça!!!
Ainda quero ver os defeitos dele, claro, perfeito não há de ser. Mas tá difícil me concentrar e fazer a crítica...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sem título mesmo, só pra constar... Tudo está muito bem, obrigada!! Ao contrário do que eu pensava há uma semana, tudo está indo melhor que eu poderia planejar.
Vamos continuar a deixá-lo sem apelido. Por hora. Temos saído todos os dias, desde o último post, para os mais diversos programas. Se vocês conseguem imaginar alguém flutuando numa nuvem de algodão doce, esta sou eu!!
Continuo desconfiada que tem alguma substância (ainda desconhecida) no meu café... Mas tá tendo um efeito tãããão prolongado que nem sei se quero parar de tomar café...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

E depois da chuva de sapos...

Depois de toda essa maré de imperfeições, alguma coisa tinha que mudar.
Não, o vizinho não desistiu. Continua interfonando periódicamente. Optei por tirar o interfone da tomada.
Não, o Sr. Dragão não me pediu perdão de joelhos. Embora não adiantasse. Embora eu nem sequer cogitasse essa hipótese.
Conheci um corpinho novo, que ainda está sem alcunha. Sexta. Festinha. Apenas o povo do trabalho e alguns conhecidos. Banda. Bebida. Eis dois elementos que, associados à data, são quase combustíveis.
O abençoado chegou. Normal. Sem chamar atenção, nem despercebido demais. Conversou quase a noite inteira. Tranquilo. Sem afobação, apenas conversa fiada. Dançamos. (Pessoas, acreditem, eu dancei.) Muito. E antes que a carruagem virasse abóbora...
Sim, a fila andou, os sinos soaram, a terra tremeu, cada um chama como quer. O fato é que eu tava totalmente sem expectativas. Ele disse que já estava me observando de uma outra janta do trabalho (e por aqui vocês vêem a minha descrença nas boas intensões das pessoas), que estava esperando pra falar comigo, mas tudo ficou meio no ar. Passei dois dias suspirando e pensando como seria hoje. Ou melhor, quanto tempo levaria pra gente se esbarrar num corredor e soltar um OI sem jeito.
Nem foi assim. Cedo, logo que cheguei, pára na minha frente, dá bom dia, pede uma caneta emprestada e deixa um bilhete. Mil pontos pela iniciativa, pela atitude, e por ter deixado o telefone que eu tanto queria. Depois volta, pergunta se está de pé o que combinamos no meio de todas as bebidas do mundo. Mais mil pontos por ter lembrado, confirmado, e mantido. No final da tarde, liga pra dizer que não conseguiu fazer as reservas, mas que eu pensasse no que queria fazer, que ele ficaria esperando pra se organizar. (Começo a desconfiar que colocaram algo no meu café e que estou tendo alucinações...) Fiquei de confirmar assim que começasse novamente a pensar, pois estava atolada em trabalho e blábláblá pra ganhar tempo. Não consegui pensar, nem ligar de volta. Mas isso não foi problema: ele ainda mandou mensagem pra reafirmar o bilhete, e ligou outras três vezes, até que eu atendesse e confirmasse que não iria declinar do programa de findi.
Sinceramente, se isso não é virar o barco, não sei o que é. Embora tente desacelerar, e manter os pés no chão, fica muito difícil não me empolgar com tamanha diferença. Embora eu saiba que tô merecendo, afinal depois do vizinho doido e psicótico eu merecia quase um Rodrigo Santoro, ainda fico com aquele arzinho de será-que-vai-dessa-vez ... Segue um passatempo...