sábado, 6 de setembro de 2008

“É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas”....


Se é pra falar dos amores perfeitos, vamos começar com os mais difíceis. E marcantes. Aqueles onde a gente perde o rumo, anda em círculos, para depois perceber que era só ansiedade. Talvez não só isso. Tem também a insegurança, a saudade, e a incrível vontade de entrar pra história. Sim, entrar para a história, para a vida das outras pessoas. E me pergunto: onde estão as pessoas que bagunçaram as nossas vidas??

Sem querer inventar a roda citando O Pequeno Príncipe, mas isso deve ser recíproco. Ninguém sente sozinho. Tem sempre uma música, um cheiro, uma nuvem que nos remete às situações mais gostosas que vivemos. Quem não lembra dos banhos de chuva, ou das horas gastas tentando fazer aquele barquinho de papel, dos papéizinhos no colégio?! Tudo parece bobo hoje, diante de todo o nosso aprendizado. Mas como ficamos orgulhosos com as pequenas conquistas...

E logo depois do barquinho vêm as primeiras paixões. E elas doíam apenas por serem lembradas. Doíam por serem ignoradas. Doíam por serem cultivadas...

Acho que com o passar do tempo (e das histórias) a gente vai perdendo a capacidade de confiar na história das outras pessoas. Vamos entrando numa descrença quase apática. Por quê? Porque passamos por várias coisas que endossam esses medos, e porque vemos pessoas maravilhosas passando por isso. Por que pessoas tão queridas, tão legais, acabam se enfiando em histórias assim?!

Claro que a gente fica surpresa, quer encontrar outra explicação (afinal, isso não pode ser puro descaso), mas se torna cada vez mais difícil acreditar no potinho de ouro no final do arco-íris. Cada vez que vejo essas coisas acontecendo lamento que o tempo tenha passado tanto assim. Era tão bom quando andar de mãos dadas bastava...

Pra gente todo o final deveria ser feliz, toda a história deveria ser divertida e todo o começo deveria dar frio na barriga. Ou não?! Eu acho que sim. Todo a ligação deveria ser atendida, toda a mensagem respondida, todo o amor inesquecível e todos os momentos divididos. Como lembraria minha amigooooona Artemísia " pra sempre seu, pra sempre meu, pra sempre nosso!!"

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